Santo Thyrso Ultra Trail – Trail Curto

Quando chegamos (eu e o Francisco da BEAT) ao Pavilhão Municipal de Santo Tirso já os participantes do Ultra Trail e Trail Longo tinham saído. Rapidamente percebemos que estavam no terreno várias centenas de participantes para o Trail Curto desta edição 2.ª do STUT organizada pelo NAST.

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A preocupação era geral. A chuva e os constantes alertas laranja/vermelho levaram-nos a recear o pior dos percursos. Quando nos preparávamos para aquecer, uma brutal chuva de granizo ameaçou a melhor das intenções. Aquecimento rápido e siga para o local de partida para sair nos primeiros 50.

Arrancamos a um ritmo vertiginoso para um primeiro quilómetro corrido em menos de 4 minutos e meio. Ao quilómetro dois, baixamos o ritmo e encontramos as primeiras subidas do dia. O terreno era para já em paralelo ou alcatrão. Levou-me à cabeça a ideia de que o percurso teria sido alterado face às condições impróprias para a corrida junto ao Rio Ave (situação confirmada mais tarde). Na localidade de Burgães, com o aquecimento praticamente estabelecido, fizemos umas descidas monumentais em paralelo escorregadio para de seguida iniciarmos uma das piores subidas da manhã em calçada portuguesa.

Encontramos de seguida a primeira zona de abastecimento, mas como só no dia anterior soubemos que era necessário ter um copo para beber durante a prova, pegamos num pedaço de laranja para satisfazer a desidratação e seguimos o trilho.

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A partir do quilómetro 6 entramos em terreno enlameado, muitas vezes com água pelos joelhos, em direção à zona mais alta da prova, a Senhora da Assunção. Passamos na Assunção pouco pouco mais de 1 hora de corrida, e a partir daqui, sabíamos que seria quase sempre a descer. Mais à frente evitamos a segunda zona de abastecimento (faltava o copo) e continuamos a descida pelo paralelo. Na entrada para o verde húmido do monte uma distração causou os primeiros segundos de desvio. Nesta fase corríamos com os mesmos participantes há vários quilómetros.

Num singletrack cheio de raízes, onde era difícil passar alguém, conseguimos, na primeira oportunidade fugir a dois ou três atletas mais cautelosos na descida e impor o nosso ritmo na frente deste grupo a deslizar, correr, serpentear tudo o que aparecia pela frente, pedras, rochedos, lama, raízes e árvores.

Ao longe víamos a cidade de Santo Tirso cada vez mais perto. Descemos até à estrada principal com os pórticos da meta mesmo à nossa frente. Mas, não seria igual se não acabássemos com mais uma monumental subida até à meta.

Desta prova ficou um percurso interessante com o acumulado concentrado nos primeiros 10 quilómetros, boas marcações e boas zonas de abastecimento. Satisfeitos com a organização. 16.6 quilómetros (580 D+) percorridos em 1 hora e 36 minutos. 27.º classificado na geral (14.º na Categoria).

Texto: Edgar Costa / Foto: SportsOnFire

Fotos / Vídeos:
Jornal do Ave
Santo Tirso TV
SportsOnFire
Vídeo Jornal do Ave
– Amigos do Pedal #1 #2
– Luís Costa #1 #2
José Maia

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